sexta-feira, 18 de abril de 2008

As modelos brasileiras no ranking internacional

Titita Motta

No disputado mercado mundial de modelos o termômetro oscila como nas bolsas de valores as ações dos grandes grupos internacionais sobem e descem. O parâmetro para se avaliar modelos femininos ou masculinos é a quantidade e importância das marcas e campanhas que protagonizam e ainda sua participação nas passarelas das principais temporadas de lançamento de coleções: as de Paris, Milão, Londres, Nova Iorque e Tóquio.
Hoje no mercado fashion, a brasileira Raquel Zimmermann está ocupando o primeiro lugar do ranking. O site models.com se refere a ela como exemplo de longevidade num ramo onde a permanência é cada vez mais efêmera. Linda, sofisticada e loura, abre os desfiles das mais importantes grifes mundiais e faz atualmente as campanhas de Fendi, Valentino e H&M.
Na sétima posição se encontram a paranaense Isabeli Fontana e a louríssima Caroline Trentini. Isabeli retornou triunfalmente e é tão requisitada que já ocupa também o sétimo lugar no ranking do mercado sexy. Caroline é outra que se mantém no topo desde 2006. Está presente nas campanhas de Gucci, Oscar de la Renta, D Squared, Valentino e Dolce & Gabbana.
Flávia Oliveira acaba de chegar ao 49º lugar nesta disputada lista. Novas modelos aparecem e ainda não figuram no ranking. Entre estas, Aline Weber, que abriu o desfile de Balenciaga inverno 2008, Carol Pantoliano e Bruna Tenório, com campanha da D&G. Muitas trabalham bem no mercado internacional há algum tempo. Entre elas, Talita Pugliese e Michele Alves que comemora 10 anos de mercado.
No segmento masculino Michael Camiloto acaba de alcançar a 30º posição da lista fashion com editorial na L’Uomo Vogue e na Arena, além de campanha verão 2008 da Dolce & Gabbana.
Já no mercado sexy a invencível Gisele Bundchen, que faturou impressionantes US$90 milhões em 2007, ocupa o segundo lugar, a baiana Adriana Lima o terceiro, Alessandra Ambrósio o sexto, a mineira Ana Beatriz Barros no nono, Fernanda Tavares no 15º e Fernanda Motta no 19º. Vê-se que este time de vencedoras permanece no topo desde o início dos anos 2000 e vem apenas se deslocando do segmento fashion para o sexy, fama esta aliás que as brasileiras carregam no mercado internacional, desde que surgiram em meados dos anos 90 com seus looks saudáveis e bronzeados nas passarelas européias.
O movimento do mercado
No site models.com, informativo do ranking, é possível acompanhar o movimento da cotação das modelos no setor de moda (passarelas, editoriais e campanhas) e no chamado mercado sexy, auditado pelos contratos com grifes de lingerie como a Victoria’s Secret e de cosméticos, além de publicações especializadas como a Sport Illustrated e o calendário da Pirelli.
As modelos brasileiras vêm evoluindo neste cenário desde 1999 no rastro do sucesso do furacão Gisele Bundchen. Muitas se estabeleceram porque estouraram nas passarelas e páginas das revistas de moda internacionais e firmaram a reputação do Brasil como pólo de exportação de gente bonita para o milionário circuito das campanhas das grandes grifes mundiais. E como se trata de um ramo onde os talentos emergem rapidamente e a renovação estética aponta para parâmetros étnicos com a mesma velocidade, o contingente de garotas louras do leste europeu logo ocupou o lugar antes reservado ao time das beldades brasileiras.
Porém como uma vez consolidada, reputação não se perde e esse primeiro grupo de modelos from Brazil, continuou a estrelar campanhas importantes, passarelas do mesmo quilate e ainda abriu as portas para a entrada no mercado de novos talentos, exportados pelas agências estabelecidas em São Paulo e Rio de Janeiro e ainda suas filiais em outros estados.

(Abril de 2008 revista Estilo Minas 07)

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